A NVIDIA Corporation é uma das empresas mais influentes do mundo da tecnologia, reconhecida principalmente por suas contribuições na área de processamento gráfico e, mais recentemente, por sua liderança no desenvolvimento de soluções para inteligência artificial (IA). Sua trajetória é marcada pela inovação e pela capacidade de se adaptar a diferentes transformações do mercado.
Fundação e Primeiros Anos (1993 – 1999)
A NVIDIA foi fundada em 1993, na Califórnia (EUA), por Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Priem. A visão inicial era criar processadores gráficos capazes de revolucionar a forma como jogos e softwares de multimídia eram executados.
Em 1995, lançou seu primeiro produto, o NV1, um chip multimídia pioneiro que combinava gráficos, áudio e funcionalidades de reprodução de vídeo. Apesar de inovador, o NV1 não teve grande sucesso, mas abriu o caminho para pesquisas mais avançadas em chips gráficos.
A virada veio em 1999, com a introdução da GeForce 256, considerada a primeira GPU (Graphics Processing Unit) do mundo. Essa inovação transformou a NVIDIA em referência na indústria de jogos, pois trouxe aceleração gráfica dedicada e desempenho muito superior ao das soluções da época.
Consolidação no Mercado Gráfico (2000 – 2010)
Durante a década de 2000, a NVIDIA expandiu sua linha GeForce para o mercado gamer e lançou a série Quadro, voltada para profissionais de design, engenharia e produção audiovisual.
Em 2006, apresentou a arquitetura CUDA (Compute Unified Device Architecture), permitindo que suas GPUs fossem usadas não apenas para gráficos, mas também para cálculos de alta performance em áreas como pesquisa científica, simulações e aprendizado de máquina. Essa mudança abriu caminho para a atuação da empresa além dos games, em setores como medicina, petróleo, finanças e supercomputação.
A Era da Inteligência Artificial e Data Centers (2010 – Presente)
A partir da década de 2010, a NVIDIA começou a se posicionar como protagonista no campo da inteligência artificial. Suas GPUs, altamente paralelas, mostraram-se ideais para treinar redes neurais profundas, essenciais no desenvolvimento de IA moderna.
A empresa lançou a linha Tesla (posteriormente incorporada à série NVIDIA A100 e H100), focada em servidores e data centers, tornando-se peça-chave no avanço de tecnologias como carros autônomos, reconhecimento de imagens e modelos de linguagem.
Outro marco importante foi a criação da plataforma NVIDIA DRIVE, voltada para a indústria automotiva, e da Omniverse, um ambiente de simulação em tempo real usado em projetos de metaverso e digital twins.
Com a ascensão da IA generativa e do aprendizado profundo, a NVIDIA passou a ser considerada uma das empresas mais estratégicas do mundo, alcançando valor de mercado trilionário em 2023.
Aquisições e Expansão Estratégica
Ao longo de sua história, a NVIDIA fez aquisições para ampliar seu portfólio, como a compra da Mellanox Technologies (2020), especializada em redes de alta velocidade, fortalecendo sua posição em data centers.
Embora não tenha conseguido concluir a aquisição da ARM Holdings (2020–2022) devido a barreiras regulatórias, a tentativa demonstrou sua ambição em dominar setores além das GPUs.
O Presente e o Futuro
Hoje, a NVIDIA não é apenas uma empresa de placas de vídeo para gamers — embora sua linha GeForce RTX, baseada na arquitetura Ray Tracing e em recursos de IA como DLSS, continue sendo referência. Ela se tornou peça central na infraestrutura de computação acelerada, IA generativa e supercomputação em nuvem.
O CEO e cofundador Jensen Huang segue à frente da empresa, defendendo que a NVIDIA é agora um “provedor de plataformas de IA”, indo muito além da imagem inicial de fabricante de hardware gráfico.
